Aeronáutica nega que controle do espaço aéreo dificulte ação de militares brasileiros no Haiti
A Aeronáutica explicou que os procedimentos adotados atualmente no país são “uma prática comum em qualquer operação da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte] e dos Estados Unidos em situações desse tipo”. Ontem (18), um voo do Boeing 737 da Presidência da República, que levava autoridades e jornalistas a Porto Príncipe, ficou sem autorização de pouso.
A assessoria da Aeronáutica explicou à Agência Brasil que, quando a missão foi decidida, o avião presidencial ainda não tinha prevista uma “janela de slot” – termo técnico usado para ordenar pousos e decolagens nos aeroportos – definida. Como a estrutura física do aeroporto não dá conta da demanda de voos com destino a Porto Príncipe, é necessário que o planejamento de todas as missões seja feito com 48 horas de antecedência.
De acordo com a Aeronáutica, cada aeronave que chega à capital haitiana tem apenas uma hora para pousar, desembarcar carga e passageiros e decolar, não podendo, depois disso, permanecer estacionada no aeroporto. “É tempo suficiente. Dominamos técnicas que nos permitem conseguir desembarcar tudo e decolar em apenas uma hora”, garante o coronel Amaral, do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica.
“Tudo está muito bem coordenado entre a FAB [Força Aérea Brasileira] e os Estados Unidos. Eles inclusive têm dado atenção especial para o Brasil. Se existe algum tipo de dificuldade, ela se deve ao momento inicial, posterior à tragédia, quando o tráfego aéreo ficou bastante intenso”, disse Amaral. A previsão da Aeronáutica é de que o Sucatinha desembarque hoje e aguarde em Santo Domingo, na República Dominicana, uma segunda janela para retornar a Porto Príncipe, o que deve acontecer até o final do dia.
FONTE: Agência Brasil
COLABOROU: Luan