‘O Rafale da Segunda Guerra Mundial’
A resposta do “Desafio Poder Aéreo” 17 é o Morane Saulnier M.S. 406, o caça francês mais numeroso no início da Segunda Guerra Mundial. Ele era a versão de produção do M.S. 405, que foi desenvolvido em resposta a uma especificação de 1934.
O primeiro protótipo M.S. 405 voou pela primeira vez em 8 de agosto de 1935, propulsado por um motor Hispano-Suiza 12 cilindros, depois de 3 anos de desenvolvimento.
Em abril de 1937 uma ordem de compra foi feita para 50 caças M.S. 406s. Eles usavam o motor Hispano-Suiza 12Y-31, de 860hp e armados com um canhão de 20mm Hispano-Suiza passando pelo eixo do motor e duas metralhadoras de 7,5mm nas asas.
Em abril de 1938 já tinham sido encomendados 825 aeronaves do tipo. A produção começou devagar, mas em abril de 1939 chegou a 6 aviões por dia e em setembro, 11 aviões por dia, tendo em vista enfrentar a ameaça alemã que já se avizinhava. Antes do colapso da França em junho de 1940, tinham sido entregues 1.037 aviões M.S. 406.
Com o início da guerra, quatro Escadres de Chasse, cada um com três grupos de 20 aeronaves, foram equipados com o M.S. 406. Entretanto, a aeronave já estava obsoleta.
Em 10 de maio de 1940, 229 M.S. 406 estavam operacionais. No armistício, apenas 70 M.S. 406 estavam operacionais.
O M.S. 406 tinha uma performance semelhante ao alemão Bf 109D, mas o Bf 109E era muito superior. O Morane era mais lento, com armamento muito fraco e pouca blindagem para o piloto.
O canhão do motor travava e deixava o piloto com somente duas metralhadoras, que tinham baixa velocidade de boca, com menor alcance que as armas dos aviões alemães. Elas também não eram aquecidas e travavam em grandes altitudes. A única vantagem do Morane era que ele fazia curvas mais apertadas que o Bf 109E.
Durante a Batalha da França 300 Moranes foram perdidos, cerca de 100 em combate aéreo, 50 por fogo antiaéreo e 150 por outras causas. Aos Morane foram creditadas 269 das 696 vitórias confirmadas pelos caças monomotores franceses. Mas, considerando o número de aeronaves envolvidas, a performance dos Morane foi superestimada.
O M.S. 406 não tinha o poder de fogo, velocidade e blindagem necessárias para as batalhas de 1940.