A notícia dada pelo Blog francês Secret Défense de que o Rafale teria brilhado nos exercícios do ATLC (Air Tactical Leadership Course), realizado nos Emirados Árabes, repercutiu com força em fóruns da internet.

Os exercícios, realizados entre 15 de novembro e 9 de dezembro, colocaram lado-a-lado F-16 C/D Block 60 e Mirage 2000-9 (UAE), F-16 MLU (Jordânia), F-7 ( versão modernizada no MiG-21 (Paquistão), Typhoon (Reino Unido) e F-16 CJ e F-22 (EUA), com AWACS e aviões-tanque.

O ATLC, que seria “o Red Flag dos Emirados”, incluiu raides com 40 aeronaves, em missões simulando um conflito de alta intensidade. As aeronaves tiveram que enfrentar oposição aérea e de superfície.

Segundo as informações passadas por um piloto francês, no combate aéreo, o sensor frontal (OSF) de rastreio por infravermelho do Rafale se destacou, conseguindo visualizar alvos a 30/40km de distância. Na parte de guerra eletrônica, o Rafale detectou ameaças superfície-ar que os F-16CJ americanos não conseguiram.

Os Rafale também simularam seis ataques ar-superfície contra alvos a distâncias de 20 a 40km e dispararam 6 mísseis ar-ar Mica, todos num minuto, confirmando a versatilidade da aeronave.

Em combate aéreo, os Rafale ganharam de goleada dos Typhoons da RAF, atingindo scores de 4 a 0 e 3 a 1, em combates 4 x 4 (esquadrilha contra esquadrilha).

E pasmem, os Rafale também teriam arranhado a reputação do F-22 Raptor, o mais avançado caça do mundo, que teria ganhado apenas uma vez do Rafale no dogfight.

Em resumo, o desempenho do Rafale no ATLC teria sido o seguinte:

  • Rafale versus Typhoon: 7 x 1 para o Rafale, com armamento ar-ar degradado;
  • Rafale versus F-22: Combate aéreo a curta distância, em alcance visual. Rafale no HUD do F-22 só uma vez;
  • Rafale em missões SEAD detectaram sites de SAM que os F-16CJ não detectaram;
  • O OSF do Rafale funcionou bem contra alvos a 20 milhas.
  • Demonstração de capacidade “omnirole” com disparos de 6 Sagem AASM contra 6 alvos diferentes e engajamento simultâneo de alvos aéreos com 4 mísseis BVR MICA. Nesta missão, o assento traseiro do Rafale era ocupado com um piloto dos Emirados.

O desempenho do Rafale ainda precisa ser confirmado por quem estava do outro lado, mas de qualquer forma foi uma demonstração importante do avião, no momento em que se definem as negociações com os Emirados.

Para o F-X2, a notícia também é boa para a França e para o Governo Brasileiro, que tem o Rafale como preferido.

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