Toda a aquisição de material bélico deve (ou pelo menos deveria) atender a critérios geopolíticos e estratégicos e o programa F-X2 não foge disso. O problema é que a atual escolha no novo caça da FAB corre o risco de ser contaminada por critérios políticos e partidários.

As notícias veiculadas na imprensa nacional sobre o provável adiamento da escolha só tendem a piorar a situação. No momento as notícias são desencontradas. Alguns afirmam que o documento produzido pela FAB já foi entregue ao Ministério da Defesa e o mesmo foi analisado pelo presidente. Por outro lado, o ministro Jobim deu declarações de que a FAB ainda não terminou o relatório.

Independentemente da verdade, o fato é que jogando a decisão para 2010, o F-X2 poderá ser tragado por uma campanha política de grandes dimensões, onde prevalecerão os critérios imediatistas. Em outras palavras, os critérios geopolíticos e estratégicos dessa escolha, mencionado no início deste texto, serão deixados de lado.

Já vimos esse filme antes: na campanha presidencial de 2002, quando os três principais candidatos opinavam sobre o falecido programa F-X. Deve-se destacar que nenhum deles conhecia o conteúdo do relatório da FAB.

São três candidatos. Só um pode ser o vencedor. Dois ficarão desapontados com o resultado. Mas este é o processo. Deixar a escolha para 2010, na opinião do Poder Aéreo, é um grande erro. Perde a FAB, perde o Brasil.

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