Rafale International esclarece informações sobre sua proposta para o F-X2
A Rafale International esclareceu na abertura da coletiva que sempre respeitou a cláusula de confidencialidade do Programa F-X2 e que por isso não pode divulgar os valores da sua proposta.
O Rafale é bimotor, com mais segurança e capacidade superior e é capaz de executar uma missão que exigiria 2 caças Mirage 2000.
Foi dito também que o preço final do Gripen NG é desconhecido e que outros países no passado tiveram problemas com desenvolvimento de aeronaves. O desenvolvimento do Gripen NG é de alto risco, por isso Noruega e Dinamarca não quiseram participar. No Rafale não há risco, pois seu desenvolvimento está completo.
Concorrentes dizem que o Rafale nunca foi vendido no exterior, mas como o Rafale entrou em serviço em 2006, a Dassault não leva em consideração concorrências antes disso, já que países só compram aviões que já entraram em serviço nas forças aéreas do país de origem.
Na Coreia do Sul, o Rafale ganhou tecnicamente, mas o F-15 ganhou politicamente. Os Emirados Árabes Unidos querem comprar o Rafale, além de outros países.
A Dassault reiterou que a tecnologia é 100% francesa e que componentes e tecnologia são coisas diferentes. Componentes estrangeiros usados no Rafale podem ser substituídos, se necessário. Já o Gripen tem motor americano e emprega muitas outras tecnologias americanas.
O Rafale tem proposta de transferência de tecnologia irrestrita. No caso do Super Hornet, existe uma aprovação prévia do Legislativo americano, mas no futuro essa aprovação pode sofrer revisões.
A França se compromete a comprar 10 aeronaves KC-390 e o Consórcio Rafale quer participar do projeto, transferindo tecnologias.
A transferência de tecnologia francesa também cobre o armamento. O míssil BVR Meteor não está no pacote, mas poderá ser adquirido no futuro, dentro da Parceria Estratégica.
Com relação à suposta fragilidade financeira da Dassault, o diretor Jean-Marc Merialdo esclareceu que a empresa tem mais de 60 anos e nunca fechou no vermelho. A produção do Rafale está garantida até 2022. A empresa recentemente comprou 26% das ações da Thales.