Comissão encaminha parecer sobre o F-X2 na próxima semana

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Anúncio do vencedor deve sair até o dia 30 de novembro

A comissão da Aeronáutica responsável por analisar as propostas de venda de 36 aviões-caças ao Brasil deve encaminhar na próxima semana ao alto comando da FAB (Força Aérea Brasileira) as conclusões do trabalho – com a indicação técnica da melhor oferta feita ao governo brasileiro para a compra das aeronaves. A expectativa de parlamentares ligados ao alto comando aeronáutico é de que, até o dia 30 de novembro, o governo federal anuncie o país vencedor da concorrência para a compra dos aviões.

A reportagem apurou que, até agora, somente o ministro Nelson Jobim (Defesa) teria analisado o teor do relatório. O comando da Aeronáutica também vai dar o seu parecer sobre a compra antes de encaminhá-lo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que vai dar a palavra final sobre a escolha dos aviões. Lula prometeu reunir o Conselho de Defesa Nacional para decidir, conjuntamente, se o Brasil vai comprar as aeronaves da França, Estados Unidos ou Suécia – o que deve ocorrer até o final de novembro. O presidente já admitiu ter preferência pelos aviões franceses.

O caça Rafale, da francesa Dassault, é o preferido da área política, enquanto o Gripen NG, da empresa sueca Saab, continua no páreo por ser um dos mais baratos e oferecer maior transferência de tecnologia. O terceiro concorrente é o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing.

Na tentativa de convencer o governo brasileiro, o presidente mundial da Saab, Ake Svensson, admitiu a possibilidade de o governo da Suécia comprar aviões brasileiros Super Tucano e KC-390 caso o país seja escolhido na concorrência para a compra de 36 aviões-caças pelo governo brasileiro. Os suecos também prometem transferência integral de tecnologia ao país.

A França, por sua vez, conta com a simpatia do presidente Lula, que chegou a sinalizar, ao lado do presidente francês, Nicolas Sakozy, sua intenção de adquirir as aeronaves do país. Só não há sinais aparentes a favor dos F-18, considerados os mais sofisticados do mundo. Integrantes do governo brasileiro não estariam convencidos, nos bastidores, sobre as promessas dos EUA de transferência real de tecnologia para a produção futura das aeronaves no País.

FONTE: Jornal Agora, via Notimp

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