Franceses no CRE: Rafale é mais caro, mas garante autonomia

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Marina Mello

O chefe do gabinete militar francês, Edouard Guillaud, admitiu nesta quinta-feira, durante audiência publica na Comissão de Relações Exteriores do Senado, que os caças franceses são mais caros do que os aviões oferecidos por outros países que participam da concorrência para a compra de equipamentos militares pelo Brasil. Guillaud, no entanto, afirmou que somente escolhendo os caças franceses, o Brasil irá adquirir independência para produzir suas próprias aeronaves.

Além da empresa francesa Dasssault, que produz os caças Rafale, concorrem para a venda de 36 aviões a americana Boeing, que produz o F-18 Super Hornet, e a sueca Saab, com a aeronave Gripen NG. A empresa da Suécia já ofereceu ao Brasil a possibilidade de vender os aviões pela metade do preço.

“Talvez estejamos mais caros que outros. Eu lamento, mas é o preço que pagamos pela nossa autonomia”, afirmou. Segundo ele, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, assegurou que, se o governo brasileiro escolher os caça franceses, irá conseguir ter um acesso irrestrito à transferência de tecnologia, o que é considerado essencial para que o País “caminhe com suas próprias pernas”.

Segundo ele, a França, no passado, gastou cerca de 7 bilhões de euros para obter a tecnologia e aprender a construir tais aeronaves. Guillaud afirmou que a idéia de o Brasil escolher a França é justamente para evitar que o País tenha que gastar a mesma quantia para obter a mesma tecnologia. “Fazer transferência de tecnologia é evitar que o Brasil tenha que gastar esse dinheiro”, disse.

“O presidente francês já disse que a transferência de tecnologia seria total, completa, sem limite e sem restrição”, afirmou.

FONTE: Portal Terra

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