O queridinho da Embraer
Marcelo Onaga
O governo mudou, a concorrência foi adiada e agora, dez anos depois e já sem os franceses na sociedade, a Embraer volta a preferir os Gripen. Ao contrário do que pensa Jobim, um declarado defensor dos Rafale da Dassault, a Embraer tem motivos para opinar sobre qual caça ela prefere. Pelo que prevê o edital de concorrência, seja quem for o vencedor ele terá de firmar uma parceria com a Embraer para transferência de tecnologia. Não bastasse esse motivo, a Dassault é uma rival importante da Embraer no mercado mundial de aviação executiva. Hoje cambaleante, graças à crise mundial, a Dassault depende dos bilhões de dólares que o governo brasileiro pode pagar pelos Rafale para se reerguer. Colaborar com a recuperação da companhia francesa não vai ajudar os milhares de brasileiros que foram demitidos pela Embraer no início do ano a reaver seus empregos.
Já a Força Aérea Brasileira tem opiniões divididas. Os pilotos, que gostam de aviões possantes, grandes e bem-sucedidos em operações de combate preferem os F-18 da Boeing. Já o comando da Aeronáutica tem dito em conversas reservadas que prefere os Gripen. Os Rafale só encontram o apoio de Lula e Jobim. Mas talvez seja o deles que importa.
FONTE: Portal Exame
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