… pelo Super Hornet, por causa do fator logístico

Enquanto as atenções se voltam para o Rafale (preferência do Governo no FX-2) e o Gripen (preferência da Embraer), o Boeing F/A-18E/F Super Hornet corre por fora, sendo defendido por alguns setores dentro da FAB.

O argumento a favor do Super Hornet seria a logística, fator determinante para a disponibilidade do Poder Aéreo. Sem uma boa logística (facilidade de manutenção e acesso a peças de reposição), os aviões não voam, a manutenção fica complicada e cara.

Nesse ponto, a FAB tem longa tradição e experiência com os equipamentos de origem americana e com sua logística, desde a Segunda Guerra Mundial.

As principais aeronaves da FAB sempre foram de origem americana e o  Northrop F-5E Tiger II é o caça mais numeroso e com maior disponibilidade na Força.

No quesito logística, o Super Hornet deixa os outros dois finalistas comendo poeira. O F/A-18E/F é produzido em quantidades muito maiores e tem uma cadeia logística mais farta e confiável, com as facilidades inerentes ao FMS (Foreign Military Sales).

Dentro do conceito de aquisição “Hi-low”, no qual a FAB acabaria adquirindo dois caças no FX-2, a compra do Super Hornet poderia ser feita diretamente, como a Austrália está fazendo, e o Gripen NG BR poderia ser produzido no Brasil pela Embraer. A vantagem seria que os dois aviões usam o mesmo motor.

Lembrando a proposta da Boeing para a FAB:

  • Fornecimento de 28 F/A-18E Super Hornet e 8 F/A-18F Super Hornet, 72 F414-GE-400 motores instalados, peças de reposição e armas por US$ 7 bilhões.
  • 4 motores F414-GE-400 para reposição
  • 36 radares AN/APG-79
  • 36 canhões M61A2 20mm
  • 36 RWR AN/ALR-67(V)
  • 144 lançadores LAU-127
  • 44 Joint Helmet Mounted Cueing Systems (JHMCS)
  • 28 mísseis AIM-120C-7 AMRAAM
  • 28 AIM-9M SIDEWINDER
  • 60 GBU-31/32 Joint Direct Attack Munitions (JDAM)
  • 36 AGM-154 Joint Standoff Weapons (JSOW)
  • 10 AGM-88B HARM Missiles
  • 36 Pods AN/ASQ-228 (V2) Advanced Targeting Forward-Looking Infrared (ATFLIR)
  • 36 AN/ALQ-214 Radio Frequency Countermeasures.
  • 40 AN/ALE-47 Electronic Warfare Countermeasures Systems
  • 112 decoys rebocados AN/ALE-50

NOTA DO BLOG: alguns dizem que a França faz pressão para que o Brasil compre o Rafale, dentro do escopo da Aliança Estratégica, que envolve a transferência de tecnologia para o casco do submarino nuclear brasileiro.

Mas lembramos que o Brasil já está pagando um preço altíssimo pela transferência da tecnologia de submarinos, pagando o “pedágio” de 4 submarinos convencionais “Scorpène”. Isso sem contar a compra dos helicópteros EC-725.

Ou seja, o Governo precisa pensar na possibilidade de desvincular o F-X2 da Aliança Estratégica e comprar os aviões que melhor se encaixam nos requisitos e realidade orçamentária da Força Aérea Brasileira e na preferência da Indústria Aeronáutica brasileira.

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