Na década de 1970 o Brasil adotou duas aeronaves de combate para atuar na primeira linha da sua aviação de caça: o Dassault Mirage IIIEBR e o Northrop F-5E Tiger II.

Os Mirage IIIE atuaram principalmente como interceptadores, embora tivessem capacidade de ataque ao solo.

Os F-5E atuaram como caças táticos, acumulando as funções de interceptação e ataque.

Agora que o Programa F-X2 está na reta final, surge o impasse: a aeronave favorita do atual Governo é o Dassault Rafale, mas a proposta economicamente mais atraente é a do Saab Gripen.

Será que nossas autoridades já pensaram em continuar com a filosofia de manter dois vetores de caça na primeira linha da FAB, adquirindo o Rafale para substituir os Dassault Mirage 2000 e o Saab Gripen, para substituir os F-5EM e AMX?

Tudo indica que a aeronave que tem a preferência da FAB é o Gripen, pelo custo de aquisição e de operação mais baixo, mas essa escolha vai contra a opção do Governo Lula pelo Rafale. Adquirir as duas aeronaves seria uma forma de conciliar as duas opções, viabilizando a aquisição de um número bem maior de aeronaves para a futura substituição dos F-5EM e A-1M.

Resta saber como se daria a produção de duas aeronaves de combate distintas no país.

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