Presidente francês garantiu em Nova York que contrato será assinado

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse ontem, em Nova York (EUA), que o contrato de venda de 36 caças Rafale para o Brasil “será assinado”. “Há um acordo político, pelo qual negociamos em contrato e será assinado junto com o dos submarinos vendidos ao Brasil em dezembro de 2008”, assegurou Sarkozy em entrevista a canais de televisão franceses.

“Estive no Brasil para vender nossos Rafale, o melhor avião do mundo, e o senhor Lula mostrou confiança em nós. É uma grande vitória”, disse o presidente francês, que considera normal que os Estados Unidos lutem para vender seus aviões.

O presidente brasileiro revelou a preferência pelos caças da fabricante francesa Dassault, durante a visita de Sarkozy ao Brasil no início deste mês, mas deixou claro que o favoritismo dependia da confirmação do ajuste prometido pelo grupo.

A proposta da França é favorecida devido à significativa transferência de tecnologia concedida pela Dassault. A Suécia ofereceu ao Brasil proposta para desenvolver conjuntamente o caça Gripen NG, em um esforço para melhorar a sua oferta. Autoridades americanas também prometeram transferir a tecnologia necessária.

Na segunda-feira, o Comando da Aeronáutica estendeu para 2 de outubro o fim do prazo para apresentação ao Brasil das propostas de venda dos aviões do projeto FX2. Em nota, a Força Aérea Brasileira justificou que a mudança da data de entrega atendia a uma solicitação da sueca Saab, fabricante do avião Gripen. Depois, houve uma correção. A nota informou que a americana Boeing e a Dassault pediram mais tempo, para exame e apresentação de ofertas, e, assim, o prazo estava sendo ampliado para todas.

O pacote de venda dos 36 caças está estimado em ? 4 bilhões (sic), mas as empresas escondem os preços de seus produtos e o que vão incluir em suas propostas. A assessoria da Saab explicou que pediu prorrogação do prazo porque considerou a primeira data estabelecida, 18 de setembro, muito curta para revisão de estudos e apresentação de novas propostas.

Após confirmar que não entregou sua proposta até a última segunda-feira, a Boeing – por meio de sua assessoria – informou que “vai fazer um novo pente fino, revisando cada item para ver o que mais pode oferecer”. A Boeing lembrou que o novo prazo dá “margem mais confortável” para análise já que muitas questões em discussão têm a ver com a cadeia de fornecedores que não depende só da Boeing.

FONTE: O Estado de São Paulo, via Notimp

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