Não nos surpreendem os últimos comentários das nossas autoridades políticas sobre o Programa FX-2. O tema Defesa nunca foi prioridade em nenhum dos governos democráticos no Brasil e até na ditadura militar os investimentos nas Forças Armadas sempre foram aquém das necessidades estratégicas do País. Por isso o FX-2 virou motivo para piadas.

Mas causa-nos preocupação de como se dará a operação do Rafale na FAB, caso ele seja definitivamente escolhido, se o próximo governo resolver não dar continuidade aos investimentos para a plena operação dessa aeronave.

O Rafale é sabidamente um caça de custo operacional altíssimo, considerando o padrão da FAB.

Às vezes parece que nossas autoridades não têm a verdadeira noção do real estado das nossas Forças Armadas, particularmente da FAB, que alguns críticos dizem poderia ser chamada de “Farsa Aérea Brasileira”, com seus problemas crônicos de falta de aeronaves disponíveis, falta de combustível e de armamento adequado.

A FAB não precisa de mais “rainhas de hangar”, precisa sim de aeronaves de combate numa quantidade realista para o tamanho e vulnerabilidades do Brasil e com custo operacional baixo.

De nada vai adiantar a compra do Rafale, se forem mantidos os tradicionais contigenciamentos de recursos e falta de seriedade na manutenção de um Poder Aéreo crível.

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