‘O Brasil vai poder comprar dois (caças) pelo preço de um’, diz ministro sueco
– Acredito que temos um preço forte. O Brasil vai poder comprar dois (caças) pelo preço de um – disse o ministro sueco.
De acordo com o representante da Saab, as duas empresas juntas integrariam sistemas utilizando os melhores equipamentos que existem no mercado, o que daria ao Brasil liberdade de escolha para fabricar a aeronave que melhor atende às suas necessidades.
– O Gripen NG é o único que dará autonomia para a geração de caças. Oferecendo independência em vez de dependência. A Suécia está procurando um parceiro e esse parceiro é o Brasil – disse Jevrell.
A norte-americana Boeing, com o caça F-18 Super Hornet; a sueca Saab, com o Gripen NG; e a francesa Dassault, com o Rafale, são as finalistas do programa F-X2, que selecionará o novo caça da FAB.
Na semana passada, durante as comemorações do Dia da Independência, Lula divulgou nota conjunta com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciando a abertura de negociações para a compra do Rafale.
O anúncio foi amplamente visto como uma vitória do caça francês na disputa, mas, no dia seguinte, o Ministério da Defesa brasileiro divulgou comunicado garantindo que a concorrência não estava finalizada e que os três finalistas poderão entregar propostas melhoradas até 21 de setembro.
Na quarta-feira, em audiência pública na Comissão de Relações exteriores e Defesa do Senado, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, confirmou a preferência do governo brasileiro pelos caças franceses (Rafale) e que só dependia da transferência de tecnologia.
Um pouco mais tarde, o presidente Lula afirmou que a escolha do novo caça ainda estava indefinida. Ele disse ainda que não há previsão para a decisão final e pediu que seja evitado o “chutômetro” nessa questão.
Um dia antes, executivos da Boeing Company afirmaram, em SP, que o Brasil não teria “carta branca” de seu país para, no futuro, conseguir vender caças como os que pretende adquirir para a Força Aérea Brasileira (FAB).
Detalhes da proposta sueca não estão fechados
A proposta que será entregue a Jobim ainda está sendo detalhada, mas significaria que 40% do trabalho de produção dos caças seria feito no Brasil.
A Suécia também promete instalar um centro, com laboratório, para testar o sistema a ser integrado no Brasil em parceira com a Suécia. Neste centro haveria simuladores e todo o equipamento necessário para integração de armamento, sensores, computadores, software e radares.
FONTE: O Globo