F-X2: anúncio da decisão poderá ser explorado por líderes da AL

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Todo o processo da escolha dos novos caças que equiparão a FAB, também conhecido como programa F-X2, é de conhecimento público e largamente difundido pelos diversos veículos de comunicação, seja no Brasil ou no exterior.

Dentre os diversos programas de renovação de meios militares, a escolha de um novo caça sempre atrai muitas atenções. Muitas vezes existem aquisições de maior valor estratégico e com volume de recursos envolvidos mais elevados (caso da compra dos submarinos pela Marinha) que acabam recebendo um destaque menor na mídia.

Fala-se na aquisição de novos caças há pelo menos 15 anos. Mas quando for feito o anúncio (real) do vencedor, muita retórica virá à tona. Não se trata do “choro dos perdedores”, mas sim uma retórica revestida de interesses geopolíticos.

É fato que na América Latina de hoje existem líderes que se sustentam em factóides com o objetivo de desviar o foco dos problemas internos.

Frases do tipo “O Brasil está desequilibrando o poderio militar no continente” ou “O Brasil lançou a América Latina em uma corrida armamentista” e coisas semelhantes estão nos discursos dos mais demagogos.

Também existem aqueles que , após a decisão final, independentemente do vetor escolhido, dirão que o Brasil está caminhando para se tornar uma potência militar regional. Na verdade o que o país está fazendo é substituindo seus caças mais antigos por aeronaves mais modernas e dificilmente isto ocorrerá na razão um pra um.

O “barulho” pode aumentar se o escolhido for o caça de origem norte-americana. Neste caso o governo terá que atuar de forma mais enfática na área da diplomacia, especialmente em relação à certos líderes latinos. Com estes, só os argumentos não serão suficientes.

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