F-X2: Amorim nega que presidente tenha errado sobre escolha do Rafale
“Isso não só apareceu na oferta técnica, mas também foi referendado pelo próprio presidente Sarkozy”, afirmou Amorim, referindo-se a uma carta do líder francês, elaborada no início da madrugada do dia 7 de setembro, que permitiu o anúncio do governo no início da tarde.
“Houve uma decisão de preferência nítida pela proposta francesa. Mas as formalidades da licitação, que têm de ser seguidas, são outra coisa”, completou, deixando em aberto a possibilidade de a negociação entre o Brasil e a França não ser concluída a bom termo e de serem retomada as ofertas de venda dos caças Gripen, da sueca Saab, e dos F-18 Super Hornet, da americana Boeing.
A carta pessoal de Sarkozy foi o resultado de uma queixa do presidente Lula, durante o jantar que ofereceu no Palácio da Alvorada no domingo passado, ao “preço absurdo” que constava da proposta da Dassault. Diante do risco de retornar a Paris sem um compromisso para viabilizar comercialmente os Rafale – produto estigmatizado pelo fracasso de todas as negociações de venda ao exterior -, Sarkozy concordou em registrar sigilosamente as ofertas adicionais.
Além de determinar o início das negociações com a Dassault, o texto trouxe o compromisso de compra, pela França, de dez aviões de transporte militar KC-390, que está sendo projetado pela Embraer como uma das opções para a substituição dos americanos Hercules.
FONTE: Agência Estado