Saab pode ter fornecedores locais para caça avaliado pela FAB
Segundo eles, o Gripen NG é um caça em desenvolvimento e ainda não foram escolhidos todos os fornecedores, o que abriria espaço para que empresas brasileiras forneçam componentes e para a criação de parcerias locais para produção e exportação da aeronave.
“Teremos que escolher fornecedores (para o Gripen NG) de todo modo, e as empresas brasileiras podem tornar-se fornecedoras”, disse Bob Kemp, vice-presidente de vendas internacionais da Saab.
“E poderemos ter fornecedores brasileiros em nosso sistema… voando no Brasil, na Suécia e em outros lugares em que vencermos concorrências também.”
O Gripen NG é um dos finalistas do Programa F-X2, da FAB, que prevê a compra de 36 caças para substituir a frota atual. O F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e o Rafale, da francesa Dassault, também estão na disputa. A FAB informou que seu cronograma prevê o anúncio de um vencedor até outubro.
Sem revelar valores sobre a oferta sueca, o presidente-executivo da Saab, Ake Svensson, garantiu que a proposta feita pela companhia ao governo brasileiro prevê um “pacote de financiamento do governo sueco”.
“Não podemos entrar nos detalhes financeiros, porque isso é parte da competição, mas existem linhas de crédito para exportação que a Suécia pode oferecer. O governo sueco tem dado muito apoio na elaboração de um pacote completo de financiamento para esse programa”, disse.
TECNOLOGIA-CHAVE
Os executivos suecos procuraram também afastar temores com relação à transferência de tecnologia, um dos pilares fundamentais estabelecidos pelo governo brasileiro na aquisição de novos equipamentos militares.
A Saab já escolheu a fabricante norte-americana General Electric como fornecedora do motor do Gripen NG, o que, para críticos da proposta sueca, pode complicar a transferência de tecnologia, pois o governo dos Estados Unidos teria ingerência na eventual negociação de componentes feitos no país.
“Não acho que o motor seja o componente mais crítico na concessão de uma licença de exportação”, disse Svensson. “Não prevemos problemas com essa questão”, acrescentou.
“A tecnologia-chave… as coisas que realmente importam, nós controlamos”, complementou Kemp.
FONTE: Reuters