O presidente da Embraer, Frederico Curado, negou hoje a possiblidade da empresa encerrar suas atividades na China, com fechamento de sua fábrica no país, conforme afirmado pelo embaixador brasileiro na China, Clodoaldo Hugueney.

“Temos encomendas até meados de 2011”, afirmou o executivo, que admitiu, entretanto, a possibilidade de a empresa alterar o foco de produção na China, ampliando a produção de aeronaves de maior porte ou de atos executivos. “Há a possibilidade de alterar, isto nunca foi negado, mas temos, até meados de 2011, a produção vendida na China”, afirmou o executivo.

Em repórtagem da edição de hoje do jornal “O Estado de S.Paulo”, o embaixador avalia que Se quiser manter sua operação em Harbin, no norte da China, a Embraer terá de fabricar novos modelos de aviões na unidade chinesa. A empresa enfrenta problemas no país asiático, como cancelamento de pedidos e restrições para obter licenças de importação, e já estuda até fechar as portas da fábrica. A Embraer produz lá os aviões do modelo ERJ 145. “Com esse modelo de avião, a fábrica não tem futuro. É um modelo que não tem mercado. Está ultrapassado”, disse o embaixador ao Estado.

O presidente da Embraer ainda comentou que a maior aproximação entre os governos do Brasil e da China devem reduzir os problemas enfrentados pela empresa para exportar para o país asiático. “Temos dificuldade de exportar aviões do Brasil que não são montados na China, este é um assunto que está em andamento. Temos a expectativa de que venha a acontecer, a medida que o comércio bilateral se fortaleça. É natural que não haja esse tipo de pré-condição para o livre comércio”, assinalou Curado, que disse compreender, em certa medida, as barreiras impostas. “O mercado de aviação na China não está tão exuberante como antes.”

FONTE: Agência Leia

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