Mais um F-5 ‘bizarro’ e não é iraniano*

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Este é um autêntico Northrop F-5E Tiger II modificado para ensaios em voo supersônico da NASA. Quando uma aeronave voa em velocidade superior à do som (1.226 km/h ao nível do mar), as partículas de ar que estão à sua frente são comprimidas formando uma onda de choque. As ondas de choque propagam-se pelo ar e atingem o solo depois da passagem da aeronave. Quem estiver no solo num ponto próximo à trajetória da aeronave ouvirá um forte barulho chamado ‘estrondo sônico’ (“sonic boom”).

Um dos inconvenientes do estrondo sônico são os inúmeros desconfortos causados para a população civil. Em função disso foram criadas legislações ao redor do mundo que inibem ou proíbem a voo supersônico próximo do solo. Em função dessas imposições legais o Concorde, por exemplo, acelerava para o voo supersônico sobre o mar e em altitudes elevadas, minimizando os efeitos do estrondo sônico sobre a terra.

A NASA, em associação com a Northrop Grumman e a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), desenvolve um programa de estudos visando a redução da intensidade do estrondo sônico. Dentre os diversos estudos deste programa está a busca por formas aerodinâmicas mais eficientes em voos supersônicos.

Em 2003, durante o programa SSBD (Shaped Sonic Boom Demonstration) um F-5E Tiger II da USN foi modificado para servir de plataforma de ensaios em voo. Muitas vezes denominado F-5 QSP (Quiet Supersonic Platform), a aeronave realizou uma série de voos de ensaio, acompanhada por outros aviões e monitorada por sensores instalados no solo. O objetivo do programa é compreender melhor o voo supersônico e aplicar o conhecimento adquirido tanto no meio militar como no meio civil.

*Para ver as modificações feitas pelos iranianos nos seus caças F-5E, clique aqui.

FOTOS: Dryden Flight Research Center – NASA

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