Solução para ‘fighter gap’ pode ser mais Super Hornet
O congresso dos EUA pode “forçar” a US Navy a comprar mais caças F/A-18 Super Hornet. O pedido extra estouraria o orçamento do Departamento de Defesa (DoD) para o ano fiscal de 2010, que começa no próximo mês de outubro, mas resolveria o problema da falta de caças (“fighter gap”). Caso esta medida se concretize, a USN não precisará estender a vida útil de vários F/A-18 dos modelos mais antigos.
Projeções realizadas pela USN mostram que os novos F-35 (JSF) entrarão em atividade num ritmo mais lento do que as versões mais antigas do Hornet deixarão o serviço ativo, causando uma grande redução do número de caças em atividade.
Atualmente vários F/A-18 Hornet estão recebendo inspeções de rotina após completarem 8000 horas de voo. Depois das inspeções, as aeronaves são liberadas para outras 600 horas de voo. O problema é que todo o processo está levando onze meses para cada aeronave (o projetado inicialmente era de seis meses) e o número de homens/hora mais do que dobrou para cada inspeção.
Segundo o congressista Gene Taylor, da Câmara dos Representantes dos EUA, “não faz sentido a Marinha gastar 26 mihões de dólares para esticar a vida útil de velhos Hornet por apenas 1500 horas de voo, quando por 50 milhões de dólares compra-se um Super Hornet.”
No ano passado a USN estimou que o “fighter gap” seria de 125 aeronaves, algo como 10% da frota de caças projetada para 2017. Este ano a USN reviu seus números e chegou a uma redução de 243 caças (20%) e, o que é pior, ocorrendo antes de 2017.
“Existe um debate sobre o tamanho do “fighter gap” – seria 70 aeronaves ou 250? Mas ninguém está debatendo sobre como evitá-lo.”, disse Bob Gower, representante da Boeing. A companhia possui grande interesse na decisão política, pois a mesma poderia garantir a linha de montagem do Super Hornet aberta por um tempo bem maior.
FOTO: USN