‘Air Force One’ e F-16 levam terror a Nova Iorque
Avião presidencial e escolta aérea fizeram voos rasantes sobre a cidade com propósitos fotográficos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu hoje como um “erro” o voo em baixa altitude feito na segunda-feira por um avião presidencial sobre a cidade de Nova York com fins fotográficos.
“Foi um erro, como já se disse, e não voltará a ocorrer”, disse Obama durante um comparecimento na sede do FBI.
O governante, que segundo a Casa Branca ficou “furioso” quando soube do ocorrido, ordenou a abertura de uma investigação interna para determinar como o voo foi autorizado.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse hoje que a investigação estará a cargo do subchefe de gabinete, Jim Messina, e tentará estabelecer “por quem a decisão foi tomada e garantir que algo assim nunca mais volte a ocorrer”.
O voo dos aviões, incluindo o Boeing 747 “Air Force One” usado pelo presidente, causou temor em uma cidade que foi alvo de atentados terroristas com aviões comerciais em 11 de setembro de 2001.
A Casa Branca já tinha apresentado desculpas na segunda-feira, quando, em comunicado, Louis Caldeira, diretor do escritório militar da Casa Branca, afirmou que tinha aprovado a missão sobre Nova York na semana passada e assumia “toda a responsabilidade por essa decisão”.
“Apesar de as autoridades federais terem dado os passos apropriados para notificar as autoridades estaduais e locais em Nova York e Nova Jersey, está claro que a missão criou confusão e transtornos”, disse o diretor do escritório militar.
A missão, cujo propósito era tirar fotografias do avião presidencial perto da Estátua da Liberdade, começou no início do horário de trabalho em Nova York.
O Boeing 747 e um avião de combate F-16 que o escoltava sobrevoaram a Estátua da Liberdade, perto do Marco Zero, onde ficavam as Torres Gêmeas, destruídas pelos atentados de 11 de setembro de 2001.
Milhares de funcionários do bairro financeiro deixaram os escritórios, edifícios foram evacuados e as agências policiais e de emergência receberam vários telefonemas avisando que os aviões estavam voando baixo demais.
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse que o Governo não tinha avisado da manobra aérea e soube quando começou a receber mensagens no celular perguntando o que estava acontecendo.
FONTE: UOL