Empresa apresentou a proposta de transferência de tecnologia para o F-X2

O consórcio francês Rafale International, aproveitando a reta final da escolha dos novos caças da FAB pelo Ministério da Defesa, promoveu hoje um almoço no Sofitel Copacabana para divulgar a proposta francesa ao F-X2 da FAB. O encontro foi restrito a poucos jornalistas e o Poder Aéreo também esteve presente.

O evento contou com a presença de Jean Pierre Chabriol, vice-presidente Senior de Vendas Militares da Dassault Aviation, Philippe Cristofini – Gerente de Countertrade e Offset da Dassault Aviation e Jean Marc Merialdo – Diretor da Rafale International no Brasil. Esteve presente também Alain Martel, um ex-piloto da Força Aérea Francesa que atua hoje na Dassault.

A escolha do Ministério está na fase final. Em março, a FAB começou a testar os caças concorrentes e deve indicar um deles ao Ministério até junho. Os executivos da Dassault presentes no almoço falaram sobre a transferência de tecnologia proposta, requisito do Ministério da Defesa para a escolha do caça.

Jean Pierre Chabriol discorreu sobre as características do Rafale, comparando-o ao Super Hornet americano e o sueco Gripen NG. Chabriol além de ressaltar as qualidades do caça omnirole francês (o fato de ser bimotor, ter maior alcance, maior capacidade bélica e radar phased array), destacou a completa liberação de transferência de tecnologia ao Brasil pelo Governo Francês. Essa liberação garantirá a “brasileirização” do avião, inclusive com a integração de armamentos de fabricação local.

Ele lembrou a situação do concorrente F/A-18E, que não pode garantir a transferência de tecnologia, já que o Congresso americano pode vetar. O Gripen NG, por sua vez, também tem muitos componentes fabricados nos EUA e não pode garantir o mesmo nível de independência do Rafale, segundo Chabriol.

Questionado sobre as disputas anteriores em que o caça Rafale não foi bem sucedido, Chabriol, espirituoso, disse que é um “veterano da Guerra da Coréia”, referindo-se à concorrência de caças para a Coreia do Sul, onde o caça francês foi selecionado como finalista, mas perdeu para o F-15 Eagle. Ele afirmou que a derrota ocorreu na arena política, pois na técnica e na financeira o Rafale venceu. Em Cingapura, o mesmo aconteceu, mas na questão de preço o Rafale não se saiu tão bem quanto na Coreia, pois a  moeda européia estava em alta.

Chabriol lembrou que é muito difícil ganhar uma concorrência numa força aérea que nunca comprou um avião seu antes. Sobre a questão de financiamento e a crise financeira mundial, Chabriol afirmou que ela não deve atrapalhar o negócio e que existem várias opções de pagamento.

A questão de transferência de tecnologia foi outro ponto forte destacado no evento. Foi dito que o pacote de transferência proposto ao Brasil nunca foi tão abrangente e que isso se deve à parceria estratégica Brasil-França, acordada entre os Presidentes Sarkozy e Lula.

Se o Rafale for o vencedor do FX-2 e o negócio for fechado, o pacote de off-sets oferecido supera 100% do valor contratado e beneficiará dezenas de indústrias brasileiras, de médio e pequeno porte.

Acesse o site Rafale para o Brasil clicando aqui, para saber mais sobre a proposta francesa ao FX-2 FAB.

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