A Força Aérea Brasileira – FAB inicia nesta segunda-feira a fase de visitas técnicas e voos de ensaio com os caças finalistas do projeto FX-2, que definirá o novo caça de multiemprego que será usado para a renovação da frota da força. Equipes de técnicos da Aeronáutica se dividirão para conhecer mais de perto os caças Rafale, da francesa Dassault; F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing; e Gripen NG, da sueca Saab. Os três modelos foram escolhidos em outubro como finalistas do programa.

De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, a etapa de voos de ensaio e visitas técnicas faz parte da avaliação das ofertas apresentadas por cada uma das fabricantes. Após isso, as companhias poderão apresentar ofertas revisadas, e a expectativa da FAB é de que a escolha do novo caça seja feita até outubro deste ano. A oferta inicial deve incluir a compra de 36 aeronaves. Nem a FAB nem as empresas divulgam valores, mas especula-se que o custo fique na casa dos 2 bilhões de dólares. O número de pedidos pode ser elevado para 100 unidades.

Uma das principais exigências do governo brasileiro para a compra dos novos caças é a transferência de tecnologia. Recentemente, uma declaração do ministro da Defesa, Nelson Jobim, sobre o programa FX-2 gerou polêmica. Jobim deu a entender, em declarações ao programa “Bom Dia Ministro”, da Radiobrás, que permitiria que uma eventual nova proposta para a venda do caça russo Sukhoi SU-35 fosse analisada pela FAB. O SU-35 fora eliminado da disputa em outubro, junto com outros dois modelos.

Questionado pela Reuters, a assessoria de imprensa da FAB negou a inclusão do caça russo no processo de escolha. “Em nenhum momento o ministro disse que o processo seria alterado e em nenhum momento nós alteramos o processo”, disse a assessoria.

FONTE: Estadão / Reuters   FOTOS: (de cima para baixo, Rafale, Super Hornet e Gripen NG, na mesma ordem em que são citados na matéria original):  Armée de l´air, Boeing e Gripen International.

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