Embraer confirma venda de Super Tucano para o Equador
A Embraer confirma a assinatura de um acordo com a Força Aérea Equatoriana (FAE) para a venda de 24 aeronaves turboélice Super Tucano, com efetivação do contrato no ano passado. Os aviões, todos configurados como bipostos, serão utilizados em missões de vigilância de fronteiras e treinamento de pilotos. O início das entregas está previsto para o final de 2009.
“Estamos muito honrados em expandir nosso relacionamento com o Governo do Equador, país que opera diversos modelos de aeronaves da Embraer”, disse Orlando José Ferreira Neto, Vice-Presidente Executivo da Embraer para o Mercado de Defesa e Governo. “O Super Tucano é a aeronave ideal para executar missões de vigilância e treinamento e estamos certos que atenderá plenamente às necessidades da Força Aérea Equatoriana. Com este acordo, atingimos a marca de 169 aviões Super Tucano vendidos.”
A relação entre a Embraer e o Governo do Equador vem se estreitando ao longo dos últimos anos. A companhia aérea estatal TAME Línea Aérea del Ecuador opera atualmente dois jatos EMBRAER 170 e três EMBRAER 190. Em setembro de 2008, a Embraer entregou um jato ERJ 145, de 50 assentos, à empresa estatal Petroecuador, que utiliza a aeronave para transportar empregados entre as unidades da empresa no país, e, em dezembro, a FAE recebeu um jato Legacy 600, com capacidade para 13 passageiros.
O acordo com a FAE inclui um amplo pacote de Suporte Logístico Integrado (Integrated Logistic Support – ILS) e um avançado sistema de treinamento e apoio à operação (Training and Operation Support System – TOSS), abrangendo não somente a aeronave, como também estações de apoio em solo e um simulador de vôo (Flight Simulator – FS).
Este é o quarto contrato de exportação que a Embraer assina para fornecer aeronaves Super Tucano para uma força aérea da América Latina. Em agosto de 2008, a Empresa anunciou acordo com a Força Aérea Chilena (FACh) para a venda de 12 aeronaves e, no início deste ano, confirmou a venda de oito unidades para a Força Aérea da República Dominicana. O Super Tucano opera atualmente nas Forças Aéreas do Brasil e da Colômbia, sendo utilizado com sucesso na vigilância de fronteiras e em outras missões operacionais.
Sobre o Super Tucano
O Super Tucano constitui uma inovadora evolução do bem-sucedido avião de treinamento básico Tucano, que conta com cerca de 650 unidades em serviço em 15 forças aéreas no mundo inteiro.
O Super Tucano foi projetado para operar nos cenários mais complexos de combate, incluindo a funcionalidade de visão noturna, armamento inteligente e tecnologia de enlace de dados (data link, em inglês). Além de uma estrutura reforçada para operações em pistas não preparadas, o Super Tucano conta com um avançado e preciso sistema de navegação e pontaria de armas que lhe garante alta precisão e confiabilidade na realização de missões, mesmo em condições extremas e sem apoio logístico.
A fabricação da aeronave prossegue em ritmo acelerado em uma linha de produção ativa e flexível, condizente com a capacidade da Embraer de atender as necessidades de seus clientes e entregar aeronaves em prazos curtos. Um item muito importante para o ciclo de vida operacional da aeronave é a existência de um sistema amplo, eficiente e confiável de suporte logístico distribuído pelo mundo, apoiando aeronaves que voam em cinco continentes.
No segmento de Defesa e Governo, tal sistema apóia 650 aviões Tucano, 250 Bandeirante e várias outras aeronaves em mais de 20 forças aéreas. Em termos da aviação comercial, a Embraer fornece suporte para mais de mil jatos regionais da família ERJ 145 e 500 E-Jets
(família de jatos com capacidade para 70 a 122 assentos) no mundo.
Fonte: Embraer
NOTA DO BLOG: Com a aquisição do Super Tucano, são fortes as chances dos mesmos substituírem os A-37B da FAE, ainda operados pelo Esquadrão de Combate 2311. Também existe a possibilidade dos mesmos substituírem os Strikemaster Mk.89 do Esquadrão 2312.
Os Esquadrões 2311 e 2312 pertencem à Ala Aérea 23 e estão baseados em Manta, uma unidade da FAE especializada em ataque leve, COIN e treinamento avançado (missões típicas do A-29). Regularmente estes esquadrões deslocam-se para bases avanças da Amazônia equatoriana.
Os aviões da Ala Aérea 23 participaram da Guerra do Cenepá em 1995. Naquele conflito, um dos A-37 foi atingido por um SA-16 na raiz da asa direita desligando um dos motores e arrancando o flap. Mesmo assim a tripulação conseguiu trazer a aeronave de volta para a base.
A escolha do Super Tucano pela FAE, além de garantir um grande salto tecnológico, permitirá uma economia substancial de recursos no médio/longo prazo, uma vez que o consumo dos turboélices brasileiros é bem mais baixo e os operadores de A-37/Strikemaster possuem dificuldades na aquisição de peças sobressalentes no mercado internacional.
O A-29 ainda tem um mercado potencial de usuários de A/T-37 espalhados pelo mundo. Em relação ao Strikemaster, esta é uma versão de ataque to jato inglês BAC Jet Provost. E foi exatamente o Jet Provost a aeronave substituída pelo Shorts Tucano na formação de pilotos da RAF no início dos anos noventa.
Peru, Honduras, Uruguai e Guatemala ainda seriam fortes candidatos na América Latina para a aquisição de Super Tucano, em substituição aos velhos A-37 Dragonfly.