Mais de 200 mortos em ataque aéreo de Israel em Gaza

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Até 750 podem ter sido feridos no dia mais sangrento para os palestinos em décadas; Hamas diz que ‘resistirá’

GAZA – O número de mortos no bombardeio da Força Aérea Israelense contra a Faixa de Gaza já passa de 205, de acordo com o último levantamento do chefe dos serviços médicos locais, Moawiya Hassanain. Segundo médicos e autoridades palestinas da área de saúde informaram a diferentes agências de notícias, o total de feridos seria de pelo menos 380, podendo chegar a 750. Equipes de socorro ainda trabalham para resgatar sobreviventes presos sob os escombros e espera-se que o número de vítimas aumente nas próximas horas.

A TV mostrou vários prédios destruídos e a revolta da população, além de cadáveres com o uniforme do Hamas, que controla Gaza. O grupo islâmico já anunciou que resistirá “até a última gota de sangue”, cujo alerta coincidiu com a primeira informação de Israel sobre o ataque, iniciado por volta das 11h30 locais (8h30 em Brasília).

O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP), na Cisjordânia, lançou uma chamada para que a população doe sangue, que será transferido, junto com remédios e ambulâncias, às áreas atingidas.

Segundo o jornal israelense Haaretz, a maioria dos mortos é formada por militantes do Hamas. Ainda de acordo com a publicação, o ataque, realizado com 60 caças F-16, teria acertado 95% dos alvos.
Estes bombardeios aéreos são os mais intensos que Israel lançou contra Gaza nas últimas quatro décadas, e podem indicar a iminência de uma operação terrestre. Autoridades de segurança de Israel vêm mencionando essa possibilidade há alguns dias.

Alguns dos mísseis israelenses caíram sobre áreas densamente povoadas, provocando pânico pelas ruas. Entre as áreas atingidas, está o porto da Cidade de Gaza.

Crianças fugiram apavoradas com as explosões seguidas de fogo e nuvens pretas. Corpos de policiais palestinos foram alinhados em uma rua movimentada da cidade.
Como resposta, militantes do Hamas dispararam foguetes, matando uma civil israelense e ferindo quatro outras pessoas em Negev. Pouco depois do ataque, o Egito abriu a passagem fronteiriça de Rafah para permitir a entrada de ajuda humanitária e a retirada de feridos.

FONTE: Estadão/ Agências Internacionais

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