Mísseis Patriot para a Coréia do Sul
A Coréia do Sul vai receber mísseis Patriot para se proteger contra ataques da Coréia do Norte. Os sistemas devem estar operacionais no prazo de dois anos.
A adoção do Patriot faz parte do plano de Seul de construir seu próprio sistema de defesa contra os mísseis de grande capacidade da Coréia do Norte.
“Estabelecemos 2010 como ano-alvo para o emprego operacional dos mísseis Patriot“, disse o porta-voz do ministério da defesa Tae Won-Jae. Ele disse que os mísseis estão sendo checados antes da entrega, mas não informou quando e onde os mísseis serão instalados.
A Coréia do Sul já anunciou anteriormente a compra de 48 mísseis Patriot PAC-2 da Alemanha.
Os EUA possuem 28.500 soldados estacionados na Coréia do Sul, e já atualizou suas baterias Patriot para o padrão PAC-3, para proteger melhor suas tropas e bases.
Americanos e seus aliados preocupam-se com o desenvolvimento dos mísseis da Coréia do Norte, que consideram uma grave ameaça à segurança regional, por causa de sua ambições nucleares.
A Coréia do Norte tem desdobrado dois tipos de mísseis Scud, com alcande de 300 a 500 km (187 a 312 milhas), bem como os mísseis Rodongs, que têm alcance de até 1.300 km.
Ela também está desenvolvendo mísseis de longo alcance Taepodong, que poderiam, teoricamente, chegar ao Alasca.
Oficiais do Ministério da Defesa em Seul acreditam que o Norte tem de 300 a 500 Scuds e Rodongs.
A Coréia do Norte alarmou a região com os testes de um Taepodong-1 sobre o Japão, em 1998. Ela também lançou Taepodong-2, em 2006, mas o míssil falhou.
O Estado comunista está construindo uma nova base de lançamento de mísseis de longo alcance na sua costa ocidental e há relatos de um teste de ignição do motor Taepodong-2 realizado este ano.
O Gen. Walter Sharp, do Exército dos EUA, comandandante das tropas americanas na Coréia do Sul, disse em abril que o país é vulnerável a ataques de mísseis balísticos norte-coreanos e que o mesmo deverá desenvolver uma “sistemática” defesa antimíssil.
Apesar de ser um antigo aliado dos EUA, a Coréia do Sul não aderiu aos esforços conjuntos com EUA e Japão para desenvolver defesas antimísseis.
FONTE: Agência France-Presse