O AMX International AMX “Ghibli” foi projetado para servir como avião de ataque à superfície, para missões de interdição, apoio aéreo aproximado e missões de reconhecimento. Ele é designado como A-1 na Força Aérea Brasileira.

O AMX é capaz de operar em altas velocidades subsônicas a baixa altitude (550 nós carregado de bombas), de dia ou de noite, e se for necessário, a partir de bases com pouco equipamento de apoio ou a partir de pistas danificadas.

O avião tem baixa assinatura IR e pequena seção reta radar, minimizando a detecção, e possui sistemas redundantes para aumentar a sobrevivência em caso de avarias pelo fogo antiaéreo.

O AMX tem sistema ECM integrado, leva mísseis ar-ar de curto alcance nas pontas das asas para auto-defesa e um canhão Vulcan de 20mm no nariz (na versão brasileira, o avião possui dois canhões DEFA de 30mm). Na Itália o AMX substituiu o Aeritalia G91 e o F-104 Starfighter a partir de 1989.

Em 1999, na Guerra de Kosovo, os AMX italianos voaram 252 sortidas de combate na Operação Allied Force da OTAN, sem nenhuma perda.

Os aviões italianos usaram bombas “burras” Mk.82, bombas guiadas a laser GBU-16 e bombas Mk.82 modificadas com kits de guiagem israelenses Elbit Opher, que as transformaram em bombas guiadas por infra-vermelho, permitindo aos AMX engajar alvos motorizados.

Os caças-bombardeiros italianos operaram em Kosovo sob ROE (Rules Of Engagement) estritas. Eles só lançaram suas bombas sobre alvos que tinham sido confirmados visualmente, evitando danos colaterais.

Os AMX foram iluminados muitas vezes por radares de sistemas de mísseis antiaéreos (SAM) SA-2 Guideline, SA-3 Goa e SA-6 Gainful, e também engajados, mas não foi revelado quantos mísseis foram disparados contra eles.

Embora muito criticado antes da guerra pelos pilotos italianos, em Kosovo o AMX foi elogiado até pelos americanos, que definiram o caça-bombardeiro como “eficiente, preciso e confiável”.

O único ítem que deixou a desejar no avião foi o motor Rolls-Royce RB-168 Spey Mk.807, que produz muita fumaça e pouca potência. Várias perdas de AMX italianos aconteceram por causa de problemas com o motor.

Diz-se que num combate aéreo, o AMX só pode fazer duas curvas de alto G para escapar de um interceptador. Depois disso, o avião perde toda sua energia e torna-se um alvo fácil.

Cogitou-se remotorizar o AMX com a turbina Eurojet EJ200 sem pós-queimador, para melhorar a performance ar-ar e de decolagem do avião, mas o plano não foi adiante.

No início de 2008, os AMX italianos foram groundeados pela segunda vez, por ordem judicial, por causa da investigação de um acidente ocorrido em 2005. Lá foram perdidos 12 AMX em acidentes, com a morte de 5 pilotos.

A AMI vai modernizar 42 AMX monoplaces e 10 biplaces para o padrão ACOL (Aggiornamento delle Capacità Operative e Logistiche – Operational and Logistic Capabilities Update), que envolverá a instalação de um novo sistema de navegação INS/GPS, NVG (Night Vision Goggles), um novo MFD, melhora no HUD, Mapa Digital, IFF e comunicações melhoradas e um crash recorder.

A Itália planeja substituir seus AMX pelo F-35, a partir de 2015.

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