Sukhoi Su-35, o preferido dos pilotos e entusiastas brasileiros

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O Su-35, o mais novo caça da família Flanker, é o vencedor da segunda enquete do Poder Aéreo, recebendo quase 50% do total de votos, contra 21% do Rafale. Na fotomontagem vista acima, ele aparece voando sobre a Amazônia.
Segundo algumas fontes, o Su-27/Su-35 foi o preferido dos pilotos de caça da FAB na avaliação do primeiro F-X.

Mas se a concorrência fosse levada adiante pelo governo FHC, provavelmente o vencedor seria o Gripen, por causa do forte lobby da época.

No F-X2, o Su-35 terá que vencer o lobby francês, que já dominou a grande mídia.  Mas ainda há esperanças de que o Su-35 vença a disputa, por causa dos entendimentos do Brasil com a Rússia para o desenvolvimento conjunto do futuro caça de 5a. geração PAK-FA.

O Su-35BM é uma evolução do caça Su-35, que voou pela primeira vez em 19 de fevereiro de 2008, e deve ser o caça oferecido pela Rússia para o FX-2 da FAB. Algumas inovações introduzidas no Su-35BM:

  • Radar Tikhomirov NIIP Irbis-E (N035E);
  • Canards removidos;
  • Radar Osa tipo ESA instalado na cauda;
  • Novas turbinas AL-41F1A com 14,5 toneladas de empuxo
  • Instalação de flaperons de alta sustentação;
  • Sistema de guerra eletrônica de auto-defesa L175M Khibiny-M;
  • Redução da RCS;
  • Novo sistema fly-by-wire;
  • Novo cockpit com grandes LCDs.

O novo Su-35BM foi desenvolvido para preencher o gap entre o Su-27SM, de geração 4+, e futuro PAK-FA, de 5a. geração. Ele é designado como sendo de geração 4++, assim como o novo MiG-35.

As características mais importantes do Su-35BM são: supremo desempenho em vôo (superagilidade), sistemas de rastreamento de longo alcance, datalinks à prova de jamming, 14 pontos duros para armas de alto desempenho de curto, médio e longo alcances, sistemas de EW/ECM/ER, redução da seção reta radar, cockpit com grandes displays multifunção e alta potência computacional para fusão de dados, e sonda para reabastecimento em vôo.

O Su-35BM pesa 20% menos que o Su-35, por causa do emprego de materiais mais leves. O avião também recebeu material que absorve as ondas de radar.
As turbinas planejadas para o Su-35BM são as
Saturn 117S de empuxo vetorial, com capacidade supercruise e quase 15 toneladas de potência cada, dando ao Su-35BM 30 toneladas de potência total!

O principal sensor do avião é o radar Tikhomirov NIIP Irbis-E (N035E). O Irbis-E é um sistema multifuncional, trabalhando em banda X, com dois eixos hidráulicos, usando o sistema de computação EKVS-E BTsVM Solo35.

O Irbis-E pode rastrear 30 alvos diferentes, enquanto mantém a varredura contínua do espaço aéreo (track-while-scan). O sistema de direção de tiro pode orientar simultaneamente dois mísseis semi-ativos guiados por radar, ou oito mísseis guiados por radar ativo.

O radar é capaz de fazer mapeamento de alvos terrestres e marítimos, com modos Doppler e SAR. Quatro alvos terrestres podem ser monitorados ao mesmo tempo, enquanto dois podem ser atacados.

O Irbis-E tem enorme potência, de até 20KW, podendo detectar um alvo standard (RCS de 3 metros quadrados) a 400 quilômetros de distância. Normalmente, esse alcance é para alvos head-on; em alvos tail-aspect, o alcance cai para 150 km. Alvos Stealth (RCS de 0,01 metros quadrados) podem ser detectados a 90 km de distância.

O Irbis-E é também capaz de identificar alvos e realizar operações ar-ar e ar-solo simutâneamente.
O Su-35BM também tem sistema de radar para trás, para localizar e acompanhar alvos que estejam na posição 6h da aeronave. O radar traseiro está localizado no cone de causa e provavelmente será o Tikhomirov NII.

Como é tradição nos caças russos, o Su-35BM tem um sistema optrônico de busca por infravermelho. O sistema IR OLS-35 pode monitorar assinaturas em quatro diferentes frequências.

O alcance máximo contra alvos tail-aspect é de 90 km, e para alvos head-on, 50 km. Um telêmetro laser pode medir distâncias de até 20km contra alvos aéreos e até 30km, contra alvos terrestres.

O sistema de guerra eletrônica KNIRTI L175M Khibiny-M é capaz de detectar as ameaças precisamente, coordenar o mapeamento e a emissão de sinais de replicação/imitação para o despistamento de ameaças, através de casulos nas pontas das asas. O sistema tem um visor em separado no cockpit do Su-35BM.

O L175M, juntamente com os radares frontal e traseiro e o sistema optrônico, formam o pacote de “fusão sensorial” do Su-35BM.
O Khibiny também podem fornecer orientação para mísseis de guiagem passiva, como o R-27EP.

O Su-35BM tem cerca de 150 antenas em sua célula: além dos RWR (receptor de alerta-radar), existe também um sistema de alerta de emissão laser, um sistema MAWS (de alerta de proximidade de míssil), e os dispensadores de chaff/flare.

Um poderoso sistema computacional controla todos os sensores, fornecendo as informações ao piloto através dos dois grandes LCDs (22.5×30 cm), um HUD IKSh-1M de grande ângulo, um MFD, e também HMD. O sistema de navegação e ataque é o KRNPO-35, acoplado a um giroscópio LINS-2000 a laser.

A aeronave também tem sistema de navegação por satélite, radionavegação, mapas digitais e sistema de comunicação digital multiplex, com rádios UHF/VHF, capacidade para o Link-16 e sistema de criptografia. O Su-35BM tem sistema de fly-by-wire de quádrupla redundância e controle digital dos motores (FADEC).

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